
Este livro Potyra é a primeira obra de uma trilogia cuja obra seguinte é As Rosas dos dias Três, a ser lançada em 2007. Por serem obras que guardam entre si relação íntima, pois têm a ligá-las personagens que ou prosseguem ao longo das três obras, ou são de alguma forma evocadas no curso delas, é de todo conveniente que o leitor preserve cada um dos livros já lidos para melhor fluir do curso dos enredos. Enredos estes que serão completados quando vier a público Evelyn, a terceira obra da trilogia.
ESCLARECIMENTO
As explicações de como o relato de Mauro, Parte I deste livro, sobre os incríveis fatos dos quais ele foi protagonista principal, veio parar em minhas mãos, deixei para a Parte II, onde, espero, muito poderá ser esclarecido; mesmo porque terminamos, minha família e eu, involuntariamente nos envolvendo, vinte e cinco anos depois, com tais fatos, presenciando acontecimentos que ficaram além do que nos é possível compreender.Raymundo de J. G. de Sá (outono de 1998)
Oi Sá,
ResponderExcluirgostei do seu blog e do jornal de poesia! Fico na torcida , do reconhecimento do seu talento. Se morasse num país mais culto, você seria considerado um gênio.
Abraço........Lucimar P. G. Tinoco
Lucimar:
ResponderExcluirComo é bom ter amigos e amigas. Eles e elas são generosos quando nos julgam. Agradeço as palavras. Abraço Sá
Sá,
ResponderExcluirVocê é um escritor de talento. Sua prosa é de qualidade. Lhe falta recomhecimento. Isso vem com o tempo. Continui procurando uma editora maior. Insista.
Potyra é um belo romance. Um livro místico.
As aquariquaras gigantes, são um portal para outro tempo.
O seu blog está muito bom, gostei. quem o fez? Voce ou a Beth?
Abraço saudoso,
Tinoco
Caro Tinoco:
ResponderExcluirO blog foi feito pela Bete. Suas palavras são alentadoras. Agradeço. Um abraço. Sá
Meus poucos leitores sabem o que penso do começo: não está jamais no ponto de partida, e é preciso construí-lo. Direi, então, que certa tarde de sexta-feira disse a uma amiga ter reencontrado, na manhã daquele dia, um velho amigo do tempo da graduação em filosofia; e falei também da imensa satisfação desse reencontro. Ele veio assistir a um mini-curso que oferecia naquele dia, e me trouxe de presente seu primeiro livro publicado, um romance, Potyra, uma inacreditável história de amor.
ResponderExcluirAmizade à parte, a primeira coisa que nos ocorre em momentos como este, quando sabemos da torrente de livros de duvidosa qualidade que se espalha por aí, é uma aposta íntima e mal formulada de que ali também não deve haver grande coisa. A gente se promete dar uma olhadela por desencargo de consciência; mas não levará a sério sua leitura. Ora, quando dei por mim já estava no terceiro capítulo, completamente fisgado pelo melífluo relato, e, quando dei por mim, tive de reconhecer tratar-se de literatura no mínimo boa.
Para justificar este juízo de gosto, devo dizer, antes, que ainda não havia terminado sua leitura completa quando me reencontrei, de novo, com meu amigo, e antecipei algumas de minhas impressões, avisando, contudo, de que eram provisórias, pois faltava ler a pequena segunda parte. Nesta ocasião, articulei alguns comentários, como a boa dosagem encontrada por ele entre narração e ensaio reflexivo; a sensibilidade etnográfica; o repúdio ideológico ao etnocentrismo; a sensualidade concreta meticulosamente esboçada, englobando desde o usufruto de sabores exóticos, até as delícias de uma bela paisagem, passando, sem dúvida, pelos momentos de tênue porém palpável erotismo e boa música.
Dentre esses comentários, porém, dois, ainda não mencionados, depois de terminada a leitura a mim me pareceram equivocados. O primeiro deles foi ter reclamado do estilo excessivamente escorreito do relato inicial, como a sugerir que o cuidado de fazer tudo como gramaticalmente se espera tolhesse a fluidez da narração; o segundo foi sobre ter colocado na capa, como autor do livro, o nome falso de Richard Sullivan, como a sugerir ser um recurso de marketing sobremaneira manjado e, ao fim, ineficaz. Ora, terminada a leitura, assaltou-me uma hipótese crítica que me fez encontrar o lugar necessário a partir do qual aqueles dois artifícios (o estilo do relato e o aparente pseudônimo) passariam a ganhar todo o seu devido significado.
ResponderExcluirÉ que o livro, como disse, é composto de duas partes; mas a primeira delas é antecedida por uma nota de esclarecimento, escrita, sabemos depois, não pelo provável autor do livro, mas pelo editor alegado, cujo nome aparece na capa. A primeira parte é composta por doze capítulos de um relato autobiográfico de um personagem chamado Mauro. A segunda parte é o relato do editor (também personagem) Richard Sullivan, que recebeu o material do livro sob a recomendação de não lê-lo senão quando vinte e cinco anos se passassem. Chegados ao fim do livro compreendemos, então, que tudo é artifício, e que o nome Richard Sullivan não é algo como um pseudônimo do autor, mas um personagem que não se quer personagem e se desdobra para além do relato, tornando-se quem assina a publicação.
ResponderExcluirNeste caso, o estilo escorreito da primeira parte logo ganha toda sua razão de ser. Não é de Sá, nem de Richard Sullivan, como inicialmente pensara; é de Mauro, o personagem-escritor. Tanto é assim que algo desse estilo muda no trânsito de uma parte para outra, embora não tão claramente, como seria de se esperar pelo próprio projeto do livro, que se quis assim formulado, entre um relato do autor e outro do editor. Mas o mais interessante é justamente isso. De um editor que publica o livro de alguém omitindo o nome do autor na capa (o nome de Mauro), e além de tudo ousa concluir a história fazendo seu próprio relato, como não imaginar que não tenha alterado algo, quando copiou os originais presos na burocracia da biblioteca onde foram depositados?
ResponderExcluirA noção de fraude, com efeito, aparece no romance, e é quase um tabu. O Dr. Mark, do laboratório de arqueologia, está disposto a perdoar o embuste do amálgama de um colar de uns trinta anos e um material subsolar de trezentos anos, mas Sullivan não aceita a hipótese e corta o diálogo colocando entre si e seu interlocutor a figura de seu advogado. Bem americano!
Esse não querer tocar no assunto, não seria uma forma de despistar o leitor, para que, levado por esse filão, não chegasse a este a que chegamos, ao de que a fraude maior estaria na própria composição do livro? Neste sentido, sabendo, como sabemos, que a história da Amazônia foi profundamente marcada pelo ciclo da borracha, extraída à exaustão para uso e abuso dos norte-americanos, é notável que a historinha de amor fantástica e boba entre o branco bem intencionado e a jovem índia romantizada seja de somenos. O curto-circuito dos tempos, entre passado, presente e futuro, além da sugestão deixada de passagem de que a história se repete; tudo isso não é mais que peças de uma narrativa mais profunda, cujos dados são apenas dispostos, a fim de que o leitor chegue a contar a si mesmo, em surdina, por reflexão, depois de ler o livro.
Esta narrativa é a história de como o produtor brasileiro tem sido descarada e historicamente ludibriado pela grande indústria americana. A história singela e curiosa de Mauro, cujo original, único, se guarda na biblioteca, torna-se num livro artificialmente intricado, candidato a best-sellar, graças à publicação de Richard Sullivan. E o bisonho Dr. Mark ainda quer saber qual a tecnologia com qual o presente pode aparecer tão inextrincavelmente ligado ao passado...
A perspicácia (e o desprendimento) do meu amigo não podia ser maior. Numa época em que se fala da morte do romance e do desaparecimento do autor, ele multiplica os níveis do real para dar uma chance ao romanesco; e radicaliza a morte do autor fazendo desaparecer completamente seu nome. Num mundo rodeado de narcisismo sem subjetividade, a ironia de Sá se torna protéica, pois descreve a si mesmo na figura do Mauro, fazendo também este desaparecer, graças às manipulações do editor.
O livro de Sá ganha em muito se lido, nesta circunstância, ao lado do livro de Eduardo Prado, A ilusão americana, cuja primeira edição é de 1893. No confronto de ambos aprendemos de perto o que significa nossa cordialidade hospitaleira e o amor desinteressado que os americanos nos têm. O inexplicável não é que Potyra tenha se perdido no passado; ou que tenha retornado ao futuro, nosso presente. O que se recalca entre árvores caídas e folhas secas sempre retorna de alguma maneira. O inexplicável é que, tantos anos passados, ainda não tenhamos dado conta da inevitabilidade desse retorno.
A leitura desses dois livros, juntos, Potyra e A ilusão americana, não deixa de ser um novo convite à reflexão sobre essa história das relações internacionais (mas também inter-étnicas) tão bem (mal) contada.
Abrahão Costa Andrade
(DEFIL-PPGEL-UFRN)
Depoimento de um amigo
ResponderExcluirO livro Potyra - estreia do escritor Sullivan na área de ficção- traz no seu enredo, que se desenvolve entre o Amazonas, o Sul do Brasil e os Estados Unidos, a união entre fatos reais e ficção,
A ficção mesmo sendo criação da mente, seus efeitos (mesmo imaginários) devem ser representados no mundo real.
Não se pode pedir explicações, nem muito menos compreensão numa ficção, pela própria natureza da mesma, embora determinadas crenças aceitam com naturais alguns relatos do livro.
Alem dos conhecimentos objetivos que temos oportunidade de obter pela leitura do livro, como lugares, costumes e fatos relacionados com o Amazonas (principalmente para aqueles não familiarizados com a região), acreditamos que o maior mérito do livro pelo desenrolar do enredo é o de nos levar a questionamentos filosóficos a respeito da origem e finalidade da vida, muito bem concatenado pelos diálogos dos personagens do livro, pelas diferentes opiniões e aceitações que professam.
Assunto de importância fundamental, desde as primeiras inquirições do Homem a respeito da origem do universo.
As duvidas de alguns, nesses assuntos são muito grandes pelo menos em qualidade (em frente da certeza de muitos em quantidade). Foi quando um pensador disse que "a duvida de poucos é muito mais importante do que a certeza de muitos"
De parabéns o escritor Sullivan nesta sua estreia, pela forma que desenvolve o assunto, prendendo a atenção do leitor, sendo de utilidade a sua leitura pelos conhecimentos que traz, alem dos questionamentos filosóficos- religiosos que despertam, sendo também um excelente passatempo, onde cada um tirará suas conclusões.
Esperamos que Sullivan nos brinde com novos trabalhos.
João Pessoa, Novembro de 1999
Marcelo Cerqueira
Depoimento de um escritor do Nordeste
ResponderExcluirLi os originais de Potyra e confesso que não havia visto um trabalho igual há muito tempo. Fiquei encantado com as sucessões do enredo, tecido engenhosamente, como um projeto arquitetônico; com o magnífico desempenho dos personagens dentro de um ambiente, sem misturar as suas enormes diferenças sócio-culturais; com a cuidadosa descrição da conduta, dos hábitos e das paisagens, permitindo a nós, os leitores, uma identificação com os protagonistas e locais nunca dantes conhecidos; com a forma de nos pôr à vontade, como se participássemos das ações, dos idílios e dos conflitos existentes no íntimo de cada personagem. Enfim, com o modo de expressar os padrões culturais, sociais, individuais e o sentimento de cada um, quer instintivos, quer racionais.
Há quem diga que romance sem paisagem não tem onde localizar os personagens. Se assim o for, neste livro não existe este pecado. Apresenta-nos um romance em que são descritos os padrões históricos, sociológicos e psicológicos, apesar das divergências culturais e ambientais predominantes.
Sem programar, passei uma ótima temporada percorrendo as maravilhas amazônicas e correndo, feito Mauro, a perseguir os encantos de Potyra.
Gilberto Freire de Melo
Escritor
Escritor Abrahão Costa Andrade
ResponderExcluirMeus poucos leitores sabem o que penso do começo: não está jamais no ponto de partida, e é preciso construí-lo. Direi, então, que certa tarde de sexta-feira disse a uma amiga ter reencontrado, na manhã daquele dia, um velho amigo do tempo da graduação em filosofia; e falei também da imensa satisfação desse reencontro. Ele veio assistir a um mini-curso que oferecia naquele dia, e me trouxe de presente seu primeiro livro publicado, um romance, Potyra, uma inacreditável história de amor.
Amizade à parte, a primeira coisa que nos ocorre em momentos como este, quando sabemos da torrente de livros de duvidosa qualidade que se espalha por aí, é uma aposta íntima e mal formulada de que ali também não deve haver grande coisa. A gente se promete dar uma olhadela por desencargo de consciência; mas não levará a sério sua leitura. Ora, quando dei por mim já estava no terceiro capítulo, completamente fisgado pelo melífluo relato, e, quando dei por mim, tive de reconhecer tratar-se de literatura no mínimo boa.
Para justificar este juízo de gosto, devo dizer, antes, que ainda não havia terminado sua leitura completa quando me reencontrei, de novo, com meu amigo, e antecipei algumas de minhas impressões, avisando, contudo, de que eram provisórias, pois faltava ler a pequena segunda parte. Nesta ocasião, articulei alguns comentários, como a boa dosagem encontrada por ele entre narração e ensaio reflexivo; a sensibilidade etnográfica; o repúdio ideológico ao etnocentrismo; a sensualidade concreta meticulosamente esboçada, englobando desde o usufruto de sabores exóticos, até as delícias de uma bela paisagem, passando, sem dúvida, pelos momentos de tênue porém palpável erotismo e boa música.
Coninuando...
ResponderExcluirDentre esses comentários, porém, dois, ainda não mencionados, depois de terminada a leitura a mim me pareceram equivocados. O primeiro deles foi ter reclamado do estilo excessivamente escorreito do relato inicial, como a sugerir que o cuidado de fazer tudo como gramaticalmente se espera tolhesse a fluidez da narração; o segundo foi sobre ter colocado na capa, como autor do livro, o nome falso de Richard Sullivan, como a sugerir ser um recurso de marketing sobremaneira manjado e, ao fim, ineficaz. Ora, terminada a leitura, assaltou-me uma hipótese crítica que me fez encontrar o lugar necessário a partir do qual aqueles dois artifícios (o estilo do relato e o aparente pseudônimo) passariam a ganhar todo o seu devido significado.
É que o livro, como disse, é composto de duas partes; mas a primeira delas é antecedida por uma nota de esclarecimento, escrita, sabemos depois, não pelo provável autor do livro, mas pelo editor alegado, cujo nome aparece na capa. A primeira parte é composta por doze capítulos de um relato autobiográfico de um personagem chamado Mauro. A segunda parte é o relato do editor (também personagem) Richard Sullivan, que recebeu o material do livro sob a recomendação de não lê-lo senão quando vinte e cinco anos se passassem. Chegados ao fim do livro compreendemos, então, que tudo é artifício, e que o nome Richard Sullivan não é algo como um pseudônimo do autor, mas um personagem que não se quer personagem e se desdobra para além do relato, tornando-se quem assina a publicação.
Continuando...
ResponderExcluirNeste caso, o estilo escorreito da primeira parte logo ganha toda sua razão de ser. Não é de Sá, nem de Richard Sullivan, como inicialmente pensara; é de Mauro, o personagem-escritor. Tanto é assim que algo desse estilo muda no trânsito de uma parte para outra, embora não tão claramente, como seria de se esperar pelo próprio projeto do livro, que se quis assim formulado, entre um relato do autor e outro do editor. Mas o mais interessante é justamente isso. De um editor que publica o livro de alguém omitindo o nome do autor na capa (o nome de Mauro), e além de tudo ousa concluir a história fazendo seu próprio relato, como não imaginar que não tenha alterado algo, quando copiou os originais presos na burocracia da biblioteca onde foram depositados?
A noção de fraude, com efeito, aparece no romance, e é quase um tabu. O Dr. Mark, do laboratório de arqueologia, está disposto a perdoar o embuste do amálgama de um colar de uns trinta anos e um material subsolar de trezentos anos, mas Sullivan não aceita a hipótese e corta o diálogo colocando entre si e seu interlocutor a figura de seu advogado. Bem americano!
Esse não querer tocar no assunto, não seria uma forma de despistar o leitor, para que, levado por esse filão, não chegasse a este a que chegamos, ao de que a fraude maior estaria na própria composição do livro? Neste sentido, sabendo, como sabemos, que a história da Amazônia foi profundamente marcada pelo ciclo da borracha, extraída à exaustão para uso e abuso dos norte-americanos, é notável que a historinha de amor fantástica e boba entre o branco bem intencionado e a jovem índia romantizada seja de somenos. O curto-circuito dos tempos, entre passado, presente e futuro, além da sugestão deixada de passagem de que a história se repete; tudo isso não é mais que peças de uma narrativa mais profunda, cujos dados são apenas dispostos, a fim de que o leitor chegue a contar a si mesmo, em surdina, por reflexão, depois de ler o livro.
Esta narrativa é a história de como o produtor brasileiro tem sido descarada e historicamente ludibriado pela grande indústria americana. A história singela e curiosa de Mauro, cujo original, único, se guarda na biblioteca, torna-se num livro artificialmente intricado, candidato a best-sellar, graças à publicação de Richard Sullivan. E o bisonho Dr. Mark ainda quer saber qual a tecnologia com qual o presente pode aparecer tão inextrincavelmente ligado ao passado...
A perspicácia (e o desprendimento) do meu amigo não podia ser maior. Numa época em que se fala da morte do romance e do desaparecimento do autor, ele multiplica os níveis do real para dar uma chance ao romanesco; e radicaliza a morte do autor fazendo desaparecer completamente seu nome. Num mundo rodeado de narcisismo sem subjetividade, a ironia de Sá se torna protéica, pois descreve a si mesmo na figura do Mauro, fazendo também este desaparecer, graças às manipulações do editor.
O livro de Sá ganha em muito se lido, nesta circunstância, ao lado do livro de Eduardo Prado, A ilusão americana, cuja primeira edição é de 1893. No confronto de ambos aprendemos de perto o que significa nossa cordialidade hospitaleira e o amor desinteressado que os americanos nos têm. O inexplicável não é que Potyra tenha se perdido no passado; ou que tenha retornado ao futuro, nosso presente. O que se recalca entre árvores caídas e folhas secas sempre retorna de alguma maneira. O inexplicável é que, tantos anos passados, ainda não tenhamos dado conta da inevitabilidade desse retorno.
A leitura desses dois livros, juntos, Potyra e A ilusão americana, não deixa de ser um novo convite à reflexão sobre essa história das relações internacionais (mas também inter-étnicas) tão bem (mal) contada.
Abrahão Costa Andrade
(DEFIL-PPGEL-UFRN)